Para enfrentar o desafio da escassez de hospedagem em Belém durante a COP30 — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — o governo brasileiro decidiu contratar um terceiro navio de cruzeiro. Trata-se do MSC Lirica, com capacidade para receber até 2,6 mil pessoas. A medida visa ampliar a oferta de acomodações na capital paraense, que se prepara para receber cerca de 50 mil visitantes de mais de 190 países em novembro. Atualmente, a cidade conta com aproximadamente 24 mil leitos disponíveis, número considerado insuficiente diante da demanda esperada para o evento. O alto custo de imóveis para locação no período — que pode chegar a até R$ 2 milhões — também agrava o cenário.
Antes do MSC Lirica, o governo já havia fechado contratos com outros dois transatlânticos de luxo: o Costa Diadema e o MSC Seaview. O Costa Diadema, operado pela Costa Crociere, possui 1,8 mil cabines e oferece 4,5 mil leitos, além de estrutura com piscinas, cinemas, teatro, shopping, academia, spa, salão de jogos e cassino. Já o MSC Seaview, da MSC Cruzeiros, também dispõe de uma ampla estrutura: são 2 mil cabines com capacidade total para 5 mil hóspedes, além de restaurantes, bares, lounges, parque aquático, academias, teatro, cinemas e áreas de lazer variadas. Com a chegada do terceiro navio, o governo busca garantir condições adequadas de hospedagem para os participantes da conferência e aliviar a pressão sobre a rede hoteleira local.